António Vieira introduz o sermão, através do conceito predicável "vós sois o sal da Terra", partindo desta proposição o autor vai desenvolver todo o raciocínio.
Vós - os pregadores
Sal - a doutrina (meio de impedir a corrupção)
Terra - os ouvintes
MAS a terra está corrompida
ou o sal não salga
a) os pregadores não pregam
b) os pregadores dizem uma coisa e fazem outra
c) os pregadores pregam-se a si mesmos e não a Cristo
Então o que se há de fazer a este sal?
Cristo responde:
a) lançá-lo fora como inutil
b) ser pisado / desprezado pelo homem
ou a Terra não se deixa salgar
a) os ouvintes não querem receber a verdadeira doutrina
b) os ouvintes preferem imitar o que os pregadores fazem e não o que eles dizem
c) os ouvintes querem servir os seus apetites e não a Cristo
Então o que se há de fazer a esta Terra?
Santo António responde:
a) muda-se o púlpito
b) muda-se o auditório
Padre António Vieira estblece a comparação com Santo António que era igonorado e presseguido pela população, então decidiu mudar o púlpito e o auditório, da terra passou para o mar e dos homens passou para os peixes, começando assim a pregar aos peixes.
O capitulo I encerra com uma invocação a Nossa Senhora, para que não lhe faltasse com a sua graça.
Principais recursos:
Simetrias: construções semelhantes e paralelas (ou..., ou..., ou..., ou...)
Enumerações: "Deixa as praças vai-se às praias ... deixa a Terra vai-se ao Mar"
Metáfora: sal / pregadores doutrina
Antítese: mar/terra; peixes/homens
Interrogaçoes rectóricas, apelativas á reflexão dos leitores
Frases curtas, procurando establecer um ritmo rápido e cadenciado.
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