sexta-feira, 27 de maio de 2011

Capítulo IV - repreensões em geral

1ª Repreensão

» os peixes comem-se uns aos outros. Como se tal não bastasse os grandes comem os pequenos. Se fosse ao contário era menos mal.
 =
  aos Homens, o poderosos explorem / escravizam os fracos.

» o orador faz um pedido aos peixes: olhem para a cidade, onde vive o homem branco, civilizado, mas que exploram os seus semelhantes.

» apela à observação - vejam o comportanmento dos homens e a forma como exploram o seu semelhante.

» seguidamente exemplifica:
  • Homem morto que é "comido"/explorado por todos (os herdeiros, o testamenteiro, os credores, o advogado, a mulher, o médico, os padres) - "Ainda o pobre defunto o não comeu a terra e já toda a Terra o tem comido".
  • O homem vivo/réu em julgamento. Todos o exploram sem dó nem piedade (o meirinho, o escrivão, o carceneiro, o solicitador, a testemunha,...) - "Ainda não está executado nem sentenciado e já está comido"
Conclusão:
Os homens são piores que os corvos
  1. Exploram-se uns aos outros, sendo sempre os maiores/mais poderosos que exploram/comem os mais pequenos/fracos.
  2. Os mais pequenos e frágeis são sempre comidos e explorados.
  3. Os grandes comem os pequenos como pão.
  4. Os pobres são o pão de cada dia dos mais poderosos
2ª repreensão

» A ignorância e a cegueira dos peixes que se deixam pescar atraídos por uma tirinha de pano pendurado no anzol.

» Passagem para o mundo dos homens, também eles ignorantes e cegos pela vaidade que os leva atrás do luxo e do requinte comprando o que não podem pagar e vivendo com dívidas a vida inteira.

» Lembra aos peixes que é grande loucura desperdiçarem a vida por dois retalhos de pano, pois eles não percisam de se vestir e as suas escamas prateadas ou douradas, as suas peles coloridas e vistosas nunca mudam de moda.


O Capitulo termina co o exemplo de Santo António que nunca se deixou enganar pela vaidade.
   - abandonou as vaidades do mundo
   - vestiu uma loba de sarja e uma correia
   - trocou a sarja pelo burral e a correia pela corda
Assim, com a sua simplicidade, "pescou " muitos.




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