- Os roncadores
- Os pegadores
- Os voadores
- O polvo
São caracterizados como peixes pequenos, fácilmente pescados, mas que roncam muito.
Depois de questionar e constactar que os grandes peixes têm pouca língua, o orador estranha o facto deste peixe tão pequeno fazer tanto barulho. Dá como exemplo alguns homens (como S. Pedro, Golias, Caifas e Pilatos, lembrando que Deus não gosta de roncadores que abate aqueles que muito roncam.
Finalmente o orador compara os roncadores com Santo Atónio, observando que tendo este tanto poder e tanta sabedoria, nunca se gabou disso, mas antes se calou. Não foi abatido e a sua voz ficou para sempre. (Fica subjacente a ideia de que estes peixes representam os soberbos e os orgulhosos)
2. Os pegadores
São retratados como peixes pequenos que se "pegam" aos costados dos peixes grandes e vive na dependência destes, tranquilos e seguros, pois o peixe grande não se pode defender. Contudo, quando o peixe grande morre, os pequenos morrem com eles.
Exemplifica, depois, com Homens (Herodes; toda a sua família e toda a sua corte), (Adão e Eva); segue-se a comparação com Santo António e a observação de que este se pegou com Cristo e com Deus; tornando-se imortal. (Denota-se que estes peixes simbolizam o parasitismo social e os oportunistas que se "atrelam" aos outros, sempre que destes obtenham benefícios.
3. Os voadores
São caracterizados como peixes com as barbatanas maiores do que as dos outros peixes e, por isso, fazem das barbatanas asas. O orador acusa-os e condena-os, lembrando-lhes que foram criados para peixes e não para aves, logo devem contentar-se com o elemento ÁGUA e não quererem o AR. Por essa razão são pescados como peixes e caçados como aves, alegando que esse é o castigo da sua presunção e da sua vaidade.
Exemplifica, seguidamente, com o mundo dos homens, lembrando a figura de Simão Mago: este quis voar, construiu umas asas, mas caiu e, dessa queda, partiu os pés. Aqui, é importante verificar e reflectir não no castigo mas no seu género: Simão Mago tinha os pés para andar e queria asas para voar, então é justo que perca as asas para voar, mas também que perca os pés para não andar. (Quem tudo quer tudo perde; Quem quer mais do que lhe convém, perde o que quer e o que tem.).
Na comparação com Santo António, o orador lembra que este tinha asas: a sabedoria natural e a espiritual e nunca as usou por ambição e nunca as usou por ambição; foi considerado leigo e sem ciência e a sua voz ficou para sempre. (Os voadores são a imagem dos ambiciosos e dos presunçosos)
4. O polvo
Começa por ser retratado na aparência:
> com o seu capelo na cabeça parece um monge (santidade)
> com os seus raios estendidos parece uma estrela (beleza)
> com não ter ossos nem espinhas (brandura)
Contudo, na sua essência, é o maior traidor do mar, utilizando para talo seu mimetismo e enganando o outro peixe que rapidamente é a sua vítima.
Exemplificando, o polvo é comparado a Judas, contudo o orador conclui que, ainda assim, a traição do polvo é maior que a de Judas. (esconde-se, muda de cor; Judas traiu às claras).
Comparando com Santo António, o Padre Vieira lembra que este foi o maior exemplo de candura, sinceridade e verdade. Nele nunca houve mentira.
(O polvo representa os hipócritas, os traidores, os falsos)
muito bom, obrigado
ResponderEliminarMuito obrigado! Ajuda-me bastante :)
ResponderEliminarwow eu sou a xica
ResponderEliminarObrigada!!
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