sexta-feira, 27 de maio de 2011

PERFIL BIOGRÁFICO / CRONOLOGIA (PADRE ANTÓNIO VIEIRA)

1608
António Vieira nasce em Lisboa, na freguesia da Sé a 6 de Fevereiro, filho de Cristóvão Vieira Ravasco (servidor da casa dos condes de Unhão) e de Maria de Azevedo (mulata pelo lado materno).
1614
Parte para a Baía, com os pais, começando os estudos no Colégio dos Jesuítas
1623
Escolhe vida religiosa e inicia o noviciado na aldeia do Espírito Santo
1624
Redige a “carta anual” para o Geral da Companhia, onde relata o ataque dos holandeses à Baía. É o seu primeiro escrito sobre questões de guerra e politica.
1627
Professor de Retórica no colégio de Olinda 
1633
Primeiro sermão público na Baía
1635
Ordenação sacerdotal
1638
Professor de Teologia. Prega sucessivos sermões contra os holandeses, que voltam a atacar a Baía e ocupam Pernambuco.
1640
Restauração
1641
Chega a Lisboa na delegação que traz a adesão do Brasil a D. João IV. Os seus sermões na igreja de S. Roque tornam-se um grande acontecimento.
1642
Primeiro sermão na capela real. Conselheiro do rei
1643
Propõe da D. João IV a admissão de mercadores judeus e a abolição da discriminação dos cristãos-novos, com objectivo de atrair os seus investimentos
1646
Missões diplomáticas de Paris d Haia, à procura de alianças e fundos para a guerra contra Castela. Propõe a reforma do processo inquisitorial.
1649
Começa e redacção (interrompida) da “História do futuro”. Obtém do Rei o alvará de proibição do confisco dos bens dos cristãos-novos pela inquisição, em troca dos seus investimentos na Companhia Geral do comércio do Brasil.
A inquisição tenta obter a sua expulsão da companhia de Jesus
1650
Missão diplomática em Roma
1652
Politicamente incómodo em Lisboa, parte para o Brasil onde vai dirigir as missões no Maranhão 
1653
Primeiro conflito com os colonos a propósito da escravatura dos índios. Sermão de Santo António aos peixes
1654
Viagem a Lisboa, onde faz aprovar a legislação favorável aos índios. Sermão da sexagésima. Regresso ao Maranhão, onde se agrava o conflito com os colonos
1656
Morte de D. João IV
1659
Redige o seu primeiro tratado futurológico, “Esperanças de Portugal, V Império do Mundo”
1660
A inquisição abre um processo contra Vieira, a propósito do carácter herético deste escrito. Publicação em castelhano de alguns sermões 
1661
Revolta dos colonos e expulsão dos jesuítas do Maranhão. Vieira é reembarcado para Lisboa. Apoia a facção do infante D. Pedro. A vitoria do partido de D. Afonso VI fá-lo cair em desgraça.
1662
Desterro para o Porto e, depois, Coimbra, onde começa a ser interrogado pela inquisição.
1664
É encarcerado no Santo Ofício de Coimbra
1667
A sentença do Santo Oficio determina que “ seja privado para sempre da voz activa e do poder de pregar”, alem da reclusão numa casa de jesuítas  
1668
 De D. Pedro, que assume a regência. Vieira é libertado e amnistiado. O sermão da sexagésima é traduzido para italiano   
1669
Parte para Roma, a fim de obter reabilitação. Retoma a luta pela mudança de estatuto dos cristãos-novos e pela reforma do processo inquisitorial
1671
Papéis a favor dos cristãos-novos. Proposta de fundação da Companhia das Índias
1672
Primeiro sermão em italiano. Em breve se torna um dos pregadores notáveis de Itália
1673
Primeiro sermão para a rainha Cristina (que se converteu ao catolicismo, abdicou do reino na Suécia e estabeleceu uma corte em Roma). Novos papeis contra a inquisição
1674
O Papa ordena a suspensão dos autos-de-fé em Portugal.
1675
Regressa a Lisboa munido de um breve papal que o isenta para sempre do Santo Oficio português.
1679
Publica o primeiro tomo dos sermões (sairão 12 até 1699). Declina o convite para ser confessor da rainha Cristina
1681
Regressa ao Brasil. Retoma a defesa aos índios
1682
Queimado em efígie pelos estudantes de Coimbra 
1686
Série de trinta Sermões, “Maria Rosa Mística” 
1687
Nomeado visitador-geral das missões no Brasil 
1695
Dita o escrito “Voz de Deus ao Mundo”
1697
Termina a revisão do tomo XII dos Sermões. Morre na Baía a 18 de Julho




                                   

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